Livro RS

A alcunha de “Escola de Cirurgia Torácica do Rio Grande do Sul” não nasceu por geração espontânea. Como veremos a seguir, nascemos no enfrentamento à tuberculose, uma doença infecciosa altamente transmissível que somente na segunda metade do século 20 pode ser controlada, através da descoberta da estreptomicina e da qualidade dos programas de saúde pública. Até então, muito do controle da doença esteve nos procedimentos cirúrgicos torácicos, quer sejam intuitivamente preventivos, como a colapsoterapia, nas complicações evolutivas, tais como o empiema ou a hemoptise, ou nas ressecções das sequelas sintomáticas. Dessa época trouxemos o rigor científico e o cuidado técnico extremo, assentados, obviamente, nos recursos disponíveis. Ao resgatar a história da especialidade é, de certa forma, emocionante identificar o quão nossos pioneiros foram cuidadosos com esses critérios, como se estivessem absolutamente cientes do papel que a história lhes reservaria: nada irá crescer sem uma base sólida.